Vereador defende que baixa supressão da vegetação alagada pela usina pode causar impactos negativos no Rio Teles Pires

por Roneir Corrêa/Assessor Parlamentar — publicado 19/06/2017 11h00, última modificação 19/06/2017 11h00

O vereador Leonardo Visera (PP), cobrou da Comissão Especial de Acompanhamento da Instalação da UHE Sinop, estudos aprofundados em relação à supressão da vegetação para o enchimento do reservatório no Rio Teles Pires.

Durante o discurso o parlamentar ressaltou a informação exposta pelo diretor de meio ambiente da Sinop Energia, Ricardo Padilha, durante visita ao canteiro de obras da UHE Sinop, de que a área de vegetação a ser suprimida por conta do reservatório é de aproximadamente 8.900 hectares. A quantidade não chega a 20% do total de 45 mil hectares que será alagada.

 

O Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental – 2010 (EIA/RIMA), prevê que seria necessária, para minimizar os impactos negativos, a supressão de 22 mil hectares da vegetação atingida pela expansão da água. Quantidade essa muito além da divulgado pela empresa responsável pelas obras da usina de Sinop.

 

“Estive fazendo alguns levantamentos e descobri que o Rio Teles Pires sofrerá impacto negativo por conta da baixa supressão da vegetação a ser alagada pelo reservatório. Perda da qualidade da água, mau cheiro, aumento da toxidade e acidez, mortandade de várias espécies de peixes e animais terrestres por conta da degradação lenta da vegetação, aumento de mosquito e riscos de acidentes no lago por conta de restos de árvores, são alguns dos pontos”, expôs Visera.

 

Para evitar mais transtornos, após o funcionamento da usina, o vereador sugeriu que a Comissão Especial chamasse as universidades e os órgãos ambientais para discutir o assunto. “Temos na UFMT os cursos que podem auxiliar nos estudos, como o de Engenharia Agrícola e Ambiental, Engenharia Florestal e Zootecnia que atuam na preservação da fauna. Além disso, temos que acionar a Sema e o Ibama. Analise os senhores, quanto tempo vai para que aconteça a degradação natural da vegetação, depois de alagada? O momento é esse, depois que estiver pronto, ninguém mais mexe e a qualidade de nosso rio se acaba”, finalizou o vereador.