Câmara apoia Assembleia Legislativa em ação sobre implantação da Ferrogrão

O presidente da Câmara Municipal de Sinop, Elbio Volkweis (Patriota) afirmou que a Casa apoia a manifestação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso em defesa da implantação da Ferrogrão, que ligará o município ao porto de Miritituba, no Pará.
Em documento direcionado ao Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, os deputados mato-grossenses ressaltaram que a Ferrogrão será um fator de desenvolvimento das áreas agricultáveis do Estado e viabilizará com maior eficiência o escoamento da produção para exportação (em 2020 foram mais de 52 milhões de toneladas exportadas), com menor custo logístico e com ganho de produtividade.
A Ferrogrão será instalada em ponto estratégico para atrair o desenvolvimento, conectando 23 municípios de Mato Grosso e sete cidades do Pará. Estima-se que, por meio dos 933 km de ferrovia, será possível escoar inicialmente cerca de 20 milhões de toneladas de produtos, podendo chegar a quase 50 milhões.
O apoio do legislativo sinopense à obra, mira o crescimento de 12% a 15% ao ano na economia local, conforme expectativas de investimento na indústria, comércio, agronegócio e diversos outros segmentos. Outro ponto importante a ser considerado é que a ferrovia proporciona um desafogamento do tráfego da BR-163.

“Sabemos que esta importante obra vem enfrentando empecilhos jurídicos que, acreditamos, não terem nada a ver realmente com a questão ambiental, mas sim comercial. Estamos em um estado que produziu mais de 70 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/2021 e além de escoar esta produção, a ferrovia também será importante ponte econômica que irá interligar indústria e comércio”, pontua Elbio Volkweis.

O Ministério Público Federal tem resistência quanto ao projeto em razão de áreas indígenas afetadas. Há um embargo ambiental em que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu em liminar a alteração de limites da Floresta Nacional do Jamanxim (PA) para a passagem dos trilhos da Ferrogrão.

Em visita recente a Cuiabá, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, defendeu a realização da obra e afirmou que interesses econômicos estão por trás de ações judiciais que emperram o início da concessão.

A Ferrogrão prevê investimento na ordem de R$ 21,5 bilhões, e início de operação para 2030.

Está prevista para o dia 15 de agosto a chegada no Brasil de uma delegação internacional de ativistas e políticos ligados à Internacional Progressista para pressionar contra a construção da Ferrogrão.

“Entendemos que a parte ambiental está sendo respeitada e não podemos permitir que pessoas de outros países, com realidades ambientais bem diferentes das nossas, venham interferir neste processo. Somos a favor da ferrovia, dos seus inúmeros benefícios e de que, claro, todo o processo continue sendo feito de forma transparente e justa para todos os setores envolvidos”, defende o presidente da Câmara de Sinop.