Comissão se reúne com entidades e traça metas

por assecom — publicado 10/12/2014 20h00, última modificação 22/12/2014 15h19
Vereadores vão buscar apoio de entidades para que contribuam com trabalhos da comissão. Até MPF será comunicado.

Depois de se reunir com a diretoria da Companhia de Energia de Sinop (CES) e entidades, a comissão de acompanhamento de implantação da usina hidrelétrica Sinop (UHE-Sinop) voltou a se reunir com representantes das entidades que acompanham a implantação do empreendimento. O encontro aconteceu no início desta semana e serviu para traçar metas.

A comissão foi criada para acompanhar todo o processo de implantação da usina e, segundo o presidente, vereador Jonas Henrique de Lima, a participação das entidades é importante para que os vereadores possam seguir um caminho que venha atender as necessidades da população, principalmente aqueles atingidos diretamente pelo empreendimento.

“As entidades vão nos dar munições para traçarmos uma meta baseada naquilo que cada setor necessita, seja na área da educação, como aquele produtor que não vai mais ter a escola para o filho estudar ou terá que mudar de caminho para que ele vá (à escola), pois a estrada que usava não existe mais, como o aparecimento de doenças por causa do lago, quanto às indenizações, os reassentamentos, entre outras necessidades”, disse Jonas. “E conforme a necessidade de cada um, mais as dúvidas que serão coletadas por meio da consulta pública, vamos buscar junto a CES respostas concretas, pois até hoje está o dito pelo não dito. Não temos nada oficialmente nas mãos são apenas conversas e promessas do que vão fazer, mas nada de concreto, oficial”, explicou referindo-se a forma de trabalho. 

Além das entidades que estão acompanhando a comissão, os vereadores também vão informar outros setores como universidades, associações, entidades de classe, entre outros, para que tomem conhecimento da comissão e também possam contribuir com os trabalhos dos parlamentares. 

“A sociedade civil organizada também será oficializada sobre a comissão, pois essas entidades como Acrinorte, CDL, ACES, Sindusmad, Lions, Rotary, Sindicatos, entre outras, sintetizam segmentos e integram maior número de pessoas que de alguma forma também vão ser atingidas pela usina. Então buscar o apoio dessas entidades para que somem ao nosso trabalho é importante, pois assim conseguiremos melhores resultados com menos impactos à população e ao nosso município”, destacou o relator da comissão, Fernando Assunção, lembrando que o Ministério Público Federal também será notificado. 

Outra ação da comissão, segundo o relator, é buscar junto a Assembleia Legislativa uma nova data para a audiência pública que discutirá o assunto e que acabou sendo cancelada. Além disso, os vereadores devem discutir junto ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) sobre a nomeação do superintendente do órgão em Mato Grosso, pois a preocupação é com os assentados da Gleba Mercedes que não tem os títulos das áreas. 

Participaram da reunião representantes do Fórum Teles Pires, Movimento dos Sem Terra (MST), Associação da Colônia de Pescadores, Gleba Mercedes, Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), Unemat e Sindicato dos trabalhadores.

Também fazem parte da comissão os vereadores Cláudio Santos e Fernando Brandão.

Consulta pública – Até o dia 31 deste mês, a comissão estará colhendo perguntas feitas pela população sobre a implantação da usina. O objetivo é levar a empresa responsável pela obra para que esclareça as dúvidas. Os questionamentos podem ser feitos pelo site da Câmara, www.sinop.mt.leg.br, ou na própria sede do Legislativo, das 12h às 18h. 

A obra - A barragem será construída entre os municípios de Itaúba e Cláudia, cerca de 70 km de Sinop, mas será o município de Sinop que terá a maior parte das áreas alagadas, que atingirão também Sorriso e Ipiranga do Norte. A usina terá capacidade de gerar 400 MW (megawatts), energia suficiente para ligar, ao mesmo tempo, um milhão de geladeiras e beneficiar mais de 1,5 de pessoas. A previsão que a usina entre em operação em 2017.